segunda-feira, maio 28, 2007

MEMORIAL DE QUELIMANE: III - Almadia "Iole"

Do poema Nossas Vidas São Os Rios, de Luis G. Urbina:

"Eu tinha uma só ilusão: era um manso
pensamento: o rio que vê próximo o mar
e quisera um instante converter-se em remanso
e dormir à sombra de algum velho palmar. "
(...)
_____________________________

A Baixa Zambézia é vincadamente marcada pelas bacias hidrográficas dos seus principais rios, precisamente Zambeze e Licungo, a cada passo proliferando braços fluviais. Neste contexto, a singular almadia, pequena embarcação construída a partir de um tronco de árvore, sempre desempenhou um papel relevante na pesca artesanal e, não raras vezes, fundamental no transporte ligeiro.

O meu baptismo em viajar de almadia remonta ao período de infância inicialmente vivido na Barra, precisamente uma das estações de elaboração de copra a partir dos palmares circundantes detidos pela Madal, e situada na zona costeira de Micaúne.
Ler mais