Por épicas aventuras na história narrado,
De longe, agora liberto e rio a preceito
Para nobre tela de pintor apaixonado,
Chega ledo e plácido em amplo leito
Logo o Chire aflui, em enlace silencioso,
E nestas rotas mais nédio fica o gigante,
Por canhoneiras e mercadores outrora famoso
Espraiando-se, na savana dança e recria
Ihotas de mistério feitas de areia e canavial,
Onde, quiçá arrebatado pela sagacidade bravia,
Perspectiva a trama de braços do percurso final
Mas margens de Mopeia, e de Luabo em continuação,
Sustenta a cana doce, senão quando tempos de arrepio;
Então, dos limites desavindo, dos pés foge tanto chão,
Mais parecendo que o oceano aqui tomou conta do rio
Sedutor coleia e já filhos errantes vai abraçando;
Na magia do entardecer ensaia sorrisos de despedida
Pois no Chinde, tão perto, só deve entrar suspirando
Ainda o poeta, em cada verso, ajusta a vírgula,
Eis que o indómito Índico, engolindo o delta,
O poema ronda para ponto final, frenético na gula
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