Todas as raças nasceram aqui. Dão a volta ao mundo e regressam, porque os
Namuli unem todos os que querem bem para que comam numa só concha e
bebam a água da mesma nascente.
O rio Zambeze, o mar, o palmar e os
Montes Namuli unem-se num polígono de diamante. Deus criou esta terra
num momento de felicidade e a prendou de beleza extrema, causando paixão
exacerbada em qualquer viandante e, por isso, era uma vez...
Histórias dos deuses dos montes que abençoaram a Zambézia com o sangue divino de
pretos, brancos, amarelos, numa sopa de raças mais recheada que sopa de
pedra.
(Passagens do romance O ALEGRE CANTO DA PERDIZ, de Paulina Chiziane)
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