segunda-feira, maio 27, 2013

AS ROSAS

 AS ROSAS

Quando à noite desfolho e trinco as rosas 
É como se prendesse entre os meus dentes 
Todo o luar das noites transparentes, 
Todo o fulgor das tardes luminosas, 
O vento bailador das Primaveras, 
A doçura amarga dos poentes, 
E a exaltação de todas as esperas. 

 Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen


Entre mim e elas, as rosas, há muito floresceu uma convivência de afectos: - se nas horas sombrias dos tempos gélidos desvelo-me em mimos nos recantos onde serão rainhas, já no pino de radiosas Primaveras, desde a subtileza das cores à pureza das fragrâncias, elas primam em exaltar momentos que me enternecem.
 
César Brandão - 25.5.2013

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