Olinda é uma ilha que se desenvolve para sul da barra do rio dos Bons Sinais, e até à embocadura do rio Linde, numa extensão que excede ligeiramente os 16 quilómetros, representando, em si mesma, o total da orla marítima do distrito de Inhassunge.
Dizem que em Olinda não há automóveis e, na realidade, chegar lá constitui um exercício de paciência e aventura por rotas sinuosas nos domínios do mangal, sempre culminado pela breve travessia de um ou outro braço fluvial porque aqui reinam vasos comunicantes de muitas águas.
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Comparado
com o batelão utilizado pela Madal, rebocado por um gasolina e bem visível numa das fotos abaixo, este era
bem mais modesto, evidenciando mesmo um cunho arcaico na sua construção
e, tanto quanto sei, tinha que ser movido a pulso. Seja como for,
constituía o recurso disponível e regularmente utilizado na travessia
para a ilha de Olinda |
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Ui… estes transbordos requeriam alguma agilidade, embora não comparável com a perícia de certo amigo que por estas mesmas pranchas conduzia o seu jipe para entrar no batelão e sair do mesmo |
Na parte norte da ilha está localizada a invulgar estrutura metálica do Farol Vilhena. Nas imediações deste farol também foram implantadas as instalações da estação de Maladane, cuja exploração pertencia à Sociedade Agrícola do Madal.
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Este
aparato de equipamento está a ser mobilizado pela Madal para a sua
estação agrícola de Maladane, visando proceder à adubação mecânica do
palmar |
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Travessia efectuada e preparativos para o desembarque |
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Início da marcha para Maladane |
As acessibilidades rudimentares e bastante condicionadas condenaram este pedaço zambeziano a um acentuado isolamento, remetendo a sua costa com desafiantes praias, de qualidade análoga ou mesmo superior ao Zalala, a
uma não procura pelos amantes do Índico.
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Suspeito que a plantação destas jovens casuarinas terá sido mais uma das boas iniciativas do administrador Álvaro Morais que no início da década de 70 do anterior século exercia a chefia do posto de Inhassunge |
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